Aqui no manicômio foi que encontrei pessoas normais.
Ao contrário que lá fora, nosso mundo não se limita só as paredes que nos cercam.
Aqui todo mundo sabe que o dinheiro é só uma invenção, de um louco é claro, e que ele não pode comprar nada.
Os termos de mercado, os bancos são só loucuras dos sãos.
Quando recebemos visitas é que é ruim, parece que vamos enlouquecer.
Eles vêm com aquelas teorias malucas e dizem que não somos normais.
Quem dera que o mundo fosse feito de manicômios.
“Você é um visionário Quaresma”, um louco, mas uma loucura sã.
Danillo Dal Seno
(Achei esse poema bonitinho e sagaz no site jovensdapib.wordpress.com)
sábado, 24 de abril de 2010
Delirium/Sandman
Essa, senhores, é a Delirium, irmã mais nova do rei do Sonhar. Ela é linda, mágica, faz sapos enquanto está entediada e é para seu reino que vamos nas nossas horas delirantes, ou já fomos tanto pra lá que ela montou acampamento em nossas cabeças?
Quem nunca leu Sandman eu super indico, porque é umas das melhores coisas já feitas pelo homem (eita). Em termos de revista em quadrinhos é o que há de mais sofisticado e adulto e em termos literários, é uma obra prima (mesmo).
Pra quem quiser, um link de download das HQ's: http://ebooksgratis.com.br/quadrinhos/quadrinhos-sandman-neil-gaiman-completo-em-75-edicoes/
A melhor forma de ler revista no pc é com um programa criado especialmente para isso, então lá vai: http://www.baixaki.com.br/download/cdisplay.htm
Aproveitem!
Aquarium
Encontrei um sonho mentiroso de verdade.
Coloquei para fora tudo o que eu não tinha.
Viajei em meu espaço (uma galáxia imaginária).
Fiz uma escultura de barro,
Tentei dar vida a ela:
Sou Deus por acaso?
Pesquei um peixe numa lagoa.
Eu o devorei vivo (sem mastigá-lo).
Sinto-me nadando no meu estômago,
Ele fez do ácido um rio,
Que peixe imbecil.
Morrerá corroído (será?).
Sou um aquário.
Meu amor é um armário.
Afogo minhas amarguras.
*Escrito por Edy em 28/12/2002
Coloquei para fora tudo o que eu não tinha.
Viajei em meu espaço (uma galáxia imaginária).
Fiz uma escultura de barro,
Tentei dar vida a ela:
Sou Deus por acaso?
Pesquei um peixe numa lagoa.
Eu o devorei vivo (sem mastigá-lo).
Sinto-me nadando no meu estômago,
Ele fez do ácido um rio,
Que peixe imbecil.
Morrerá corroído (será?).
Sou um aquário.
Meu amor é um armário.
Afogo minhas amarguras.
*Escrito por Edy em 28/12/2002
Por quê?
Mais um blog no mundo. Pra quê, hein? O que tem de novo aqui?
Antes de decidir criar esse blog me fiz essas perguntas. Mas o que interessa é apenas que minha mente delirante não quer ficar sozinha. Tem dias que o mundo é todo sangue e dor, mas tem dias bons em que consigo manter um equilibrio necessário.
Há ainda quem acredite que um transtorno de personalidade ou de humor é besteira, invenção, drama em excesso e outros absurdos. Mas não. E dói muito saber que há momentos em que não somos responsáveis por nossas palavras e ações.
Realmente doentes ou não, todos temos nossos pensamentos delirantes.
Que seja Delírio, Delirium ou ideias Deliróides, não serão feitas distinções. O que importa é liberdade para compartilhar, pois não é minha intenção analisar nada que comentem aqui nem escrever em moldes com rigor científico. Às vezes seriedade e solidariedade, às vezes humor diante da vida que nos enlouquece.
Esse mundo está cheio de pessoas doentes nos mais variados níveis, mas nesse mundo há pessoas com aparente normalidade e controle que não se sentem bem em compartilhar os pensamentos mais delirantes com os amigos ou família e que sempre se achou um estranho no ninho.
Como nada é muito planejado, o que me der vontade de partilhar eu coloco aqui, sem roteiro ou muros. Qualquer dúvida ou vontade de partilhar algum delírio, sintam-se em casa.
Desde de filmes, livros, artigos e textos, vou postar pouco a pouco as poesias de um amigo que sabe como ninguém como é o mergulho no delírio. Todas elas foram escritas durante seu período de internação numa clínica psquiátrica. Para mim eles têm o cheiro (é possível?) da beleza que há na loucura.
Pra finalizar essa postagem mais chatinha por natureza, acho bom deixar claro que meu objetivo é só deixar essa página livre para o delirío meu, teu e nosso.
Antes de decidir criar esse blog me fiz essas perguntas. Mas o que interessa é apenas que minha mente delirante não quer ficar sozinha. Tem dias que o mundo é todo sangue e dor, mas tem dias bons em que consigo manter um equilibrio necessário.
Há ainda quem acredite que um transtorno de personalidade ou de humor é besteira, invenção, drama em excesso e outros absurdos. Mas não. E dói muito saber que há momentos em que não somos responsáveis por nossas palavras e ações.
Realmente doentes ou não, todos temos nossos pensamentos delirantes.
Que seja Delírio, Delirium ou ideias Deliróides, não serão feitas distinções. O que importa é liberdade para compartilhar, pois não é minha intenção analisar nada que comentem aqui nem escrever em moldes com rigor científico. Às vezes seriedade e solidariedade, às vezes humor diante da vida que nos enlouquece.
Esse mundo está cheio de pessoas doentes nos mais variados níveis, mas nesse mundo há pessoas com aparente normalidade e controle que não se sentem bem em compartilhar os pensamentos mais delirantes com os amigos ou família e que sempre se achou um estranho no ninho.
Como nada é muito planejado, o que me der vontade de partilhar eu coloco aqui, sem roteiro ou muros. Qualquer dúvida ou vontade de partilhar algum delírio, sintam-se em casa.
Desde de filmes, livros, artigos e textos, vou postar pouco a pouco as poesias de um amigo que sabe como ninguém como é o mergulho no delírio. Todas elas foram escritas durante seu período de internação numa clínica psquiátrica. Para mim eles têm o cheiro (é possível?) da beleza que há na loucura.
Pra finalizar essa postagem mais chatinha por natureza, acho bom deixar claro que meu objetivo é só deixar essa página livre para o delirío meu, teu e nosso.
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